Guerra na Ucrânia: Kyiv é alvo de "bombardeio massivo" que deixa pelo menos cinco mortos

Após a Ucrânia prometer intensificar seus ataques aéreos contra a Rússia, sua capital, Kiev, e áreas vizinhas foram alvo de inúmeros bombardeios russos durante a noite de domingo para segunda-feira. O Ministro do Interior ucraniano, Igor Klymenko, relatou "bombardeios massivos com mísseis e drones", lamentando "ataques a áreas residenciais, hospitais e instalações esportivas" por forças russas, sem levar em conta o conceito de infraestrutura civil.

No distrito de Shevchenkivsky, a oeste da capital, "uma parte inteira de um prédio residencial de vários andares foi destruída", disse o ministro no Telegram. Só neste local, "até o momento, quatro pessoas morreram. Equipes de resgate atenderam 10 feridos". Mas pode haver mais vítimas sob os escombros, alertou.

Outra pessoa morreu em ataques em Bela Tserkva, uma cidade no sul de Kiev, que feriram cerca de dez pessoas, acrescentou. Vários moradores também ficaram feridos perto de uma saída do metrô onde pessoas se abrigavam no distrito de Svyatoshinsky, na zona oeste da capital, disse o chefe da administração militar de Kiev, Timur Tkachenko.

Cidades ucranianas estão sendo alvo de ataques russos todas as noites , com as negociações de cessar-fogo estagnadas. Pelo menos 28 pessoas foram mortas e mais de 130 ficaram feridas em Kiev na noite de 16 para 17 de junho em um ataque russo com mais de 440 drones e 32 mísseis, segundo autoridades ucranianas.

Na região de Rostov, no sul da Rússia, um ataque de drone ucraniano na segunda-feira "causou um incêndio em uma fábrica no distrito de Kamensky", disse o governador regional, Yuri Sliussar, no Telegram. O comandante-chefe ucraniano, Oleksandr Syrsky, disse no sábado que a Ucrânia intensificaria seus ataques contra alvos militares russos no interior da Rússia, três semanas após um ataque espetacular a bases aéreas remotas naquele país.

Em agosto de 2024, o exército ucraniano lançou um ataque surpresa à região fronteiriça russa de Kursk, tomando centenas de quilômetros quadrados antes de ser desalojado na primavera por forças russas apoiadas por um contingente norte-coreano. Oleksandr Syrsky, por sua vez, garantiu que a Ucrânia ainda detinha 90 quilômetros quadrados nessa região. "Estas são nossas ações preventivas em resposta a uma possível ofensiva inimiga", disse ele.